Um dos cartões postais mais conhecidos de Veneza na Italia, os famosos canais que passam pelo meio da cidade, é sua principal atração turística, o passeio por meio das gôndola que navegam os canais passando por baixo de sua ponte.
Os canais Veneza é o principal meio de trafego da cidade, taxis e até ambulâncias aquáticas passam por lá.
Porem em 2023, Veneza está sofrendo com uma maré excepcionalmente baixa, que impossibilita a navegação em muitos de seus canais. Uma seca que, segundo especialistas, foi causada por uma combinação de falta de chuva, sistema climático de alta pressão, Lua cheia e correntes marítimas. A isso se soma a falta de neve nos Alpes, que afetou os níveis dos rios e lagos no norte da Itália.
As imagens impressiona os canais secos, muitas gôndolas ficaram encalhadas, nesta época do ano a cidade costuma está sofrendo com inundações.
Ao norte da Italia os rios e lagos, estão sofrendo com a estiagem provocada por falta de chuvas. Essa situação está mais critica no norte do país, mas outras áreas também enfrentam o problema. Não só os canais de Veneza mais seco ganharam destaque, já que diversas áreas e setores econômicos foram afetados na Itália, no verão passado, o governo italiano declarou estado de emergência para a área ao redor do Pó, que experimentou sua pior seca em 70 anos. A região corresponde a um terço da produção agrícola da Itália.
Giorgio Zampetti, gerente geral da Legambiente, um grupo ambientalista italiano, teme que o pior ainda esteja por vir: “2023 está apenas começando, mas está dando sinais preocupantes em termos de eventos climáticos extremos e níveis de seca”.
No início de janeiro, a cidade italiana instalou barreiras de vidro ao redor da Basílica de 900 anos para protegê-la de futuras inundações. A decisão foi tomada após uma inundação quase recorde em dezembro de 2022, quando o órgão de governo da igreja começou a temer uma repetição dos danos quase catastróficos sofridos pelo edifício em novembro de 2019 durante as piores inundações em meio século.
Além da cerca, a cidade está acelerando a conclusão do projeto MOSE, um projeto que isolará temporariamente a Lagoa Veneziana do Mar Adriático durante a Aqua alta, ou marés altas.
Além dos problemas relacionados à infraestrutura hídrica, Veneza também enfrenta problemas de excesso de turismo que afetam o ecossistema da lagoa, o desenvolvimento urbano e a população local. Em julho de 2022, as autoridades venezianas anunciaram que a partir de 16 de janeiro de 2023, os visitantes terão que reservar um horário de visita e pagar uma taxa de entrada para entrar na histórica cidade do canal. O conselho local declarou que não haverá um limite para o número de visitantes diários; após um certo número de pessoas ser alcançado em um determinado dia, a taxa de entrada aumentará.
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